Não é possível conhecer a si mesmo mandando na mente, mandando ela fazer isso ou se concentrar naquilo, tenho que observar a mente exatamente como ela é, com todos os seus pensamentos e distrações, temos que olhar para o conteúdo da mente exatamente como ele é.
A maneira como eu olho para mim mesmo é de fundamental importância, se esse olhar está carregado de preconceito, condenação ou crítica o auto conhecimento será impossível.
A maneira como eu olho para mim mesmo é de fundamental importância, se esse olhar está carregado de preconceito, condenação ou crítica o auto conhecimento será impossível.
Nesse observar é preciso neutralidade, não se deve interferir no processo com julgamentos ou comparações, deve-se olhar para si próprio sem interferência, um olhar atento que não modifica o observado.
Aquele que observa não é diferente ou separado do que está sendo observado, o "eu" observa o "eu", estamos diante de nossa própria imagem refletida no espelho da meditação.
Ao olhar nosso próprio reflexo sem interferência os mecanismos do eu são revelados, compreenderemos nossos próprios condicionamentos, nossos hábito, nossos vícios, para assim podermos transformá-los.
André Oliveira é professor de meditação em Porto Alegre desde 2004.