Os labirintos da mente

A meditação é um processo de autoconhecimento, é uma investigação de todas as camadas de nosso Ser, ao meditar observamos a nossa própria mente, as camadas consciente e inconscientes, para investigá-la corretamente eu tenho que observar o seu movimento natural sem interferência, sem julgamento ou condenação.

Para compreender o processo do meu pensamento não posso dizer a mente o que pensar, o que fazer, como agir, pois qualquer interferência interrompe a investigação, nós precisamos ver a mente como ela realmente é, e não como gostaríamos que fosse, temos que saber o que a mente esta fazendo, temos que conhecer seu conteúdo.

O conteúdo mente só se revela quando escutamos atentamente sem interrupção, quando nos concentramos em um determinado objeto ou som, quando tentamos esvaziar a mente, o eu, o ego esta no comando tentando impor a sua vontade, é preciso muita perspicácia e mente alerta para observar sem modificar o observado.

Ancoramento

Meditação é estar ancorado em si mesmo, é manter-se presente em seu corpo e em suas sensações. A palavra ancoramento vem de âncora, quando um navio joga a sua âncora mesmo que haja uma tempestade ele não sai do lugar, quando estamos ancorados por mais que hajam tempestades a nossa volta não perdemos o nosso centro.

É preciso manter-se aterrado  em seu corpo físico isso serve como âncora para manter a ligação com o momento presente, quando nos mantemos enraizados estamos em contato direto com a realidade que o momento nos apresenta e somos capazes de lidar com o conflito, a tempestade, sem perder o nosso centro de equilíbrio.

Na meditação ampliamos o contato com todas as dimensões do nosso Ser e dessa forma estamos ancorados, deve-se desenvolver uma grande sensibilidade para estar comunicando-se consigo mesmo sem desintegrar-se, estar inteiro é fundamental para ser coerente com aquilo que você acredita e aquilo que você faz.